Noticias
Até quando?
25 de Novembro de 2025 as 04h 58min
Alagamento na Avenida Embaúbas – Foto: Reprodução
Sinop voltou a enfrentar mais uma enchente na manhã do último sábado (22), quando chuvas intensas — de acordo com dados meteorológicos, mais de 30 mm em 24 horas — alagaram vias centrais, transformaram avenidas, como Júlio Campos e Embaúbas, em verdadeiros rios e até geraram cenas incomuns: internautas registraram um jacaré circulando entre as enxurradas.
É um problema persistente: de prefeito em prefeito, discursos inflamados prometem uma solução definitiva para as inundações crônicas na região central. No entanto, a realidade se repete com cada temporal. A Câmara, por exemplo, apenas agora aprovou no Plano Plurianual (PPA 2026–2029) o programa “Sinop Sem Enchentes”, que prioriza drenagem urbana no setor central e em microbacias críticas.
Há obstáculos reais — a própria topografia da cidade joga contra: Sinop é excessivamente plana, o que dificulta o escoamento natural das águas da chuva. Mas não basta reconhecer o problema: é preciso agir com soluções inteligentes, inspiradas por exemplos bem-sucedidos.
Um modelo que merece ser olhado com atenção é o de Curitiba, que adota parques alagáveis como parte da sua estratégia de controle de cheias. No Parque Barigui, por exemplo, o lago central foi projetado para encher em períodos de chuvas fortes — funcionando deliberadamente como uma bacia de retenção.
Por que não pensar algo semelhante para Sinop? A proposta: criar um parque urbano estratégico na região central, com um lago projetado para capturar o excedente pluviométrico. Mesmo quando alaga, esse espaço seria parte do sistema de drenagem, absorvendo água em vez de apenas permitir que ela invada ruas e imóveis.
Além disso, outras intervenções poderiam fazer a diferença: reforço das galerias de drenagem nas áreas mais vulneráveis; construção de reservatórios de contenção (bacias de retenção) integrados ao paisagismo urbano; uso de pavimentos permeáveis em vias comerciais e residenciais para permitir maior infiltração; revegetação de terrenos baixos e reativação de microbacias para dar vazão à água com segurança; manutenção constante de bueiros, bocas de lobo e canais de escoamento.
Mesmo com promessas pontuais, a população segue assistindo ao mesmo desastre se repetir — com prejuízos, transtornos e riscos à vida. Chegou a hora de transformar palavras em projetos, projetos em obras e obras em proteção real contra a água. Até quando vamos esperar por algo que já deveria ter sido feito?
Fonte: JOSÉ ROBERTO GONÇALVES
Veja Mais
Preso em Guarantã acusado de matar pedreiro com golpes de picareta em Sinop
Publicado em 20 de Dezembro de 2025 ás 05h 22min
Politec lança sistemas para consulta de informações
Publicado em 19 de Dezembro de 2025 ás 18h 20min
Para que serve o Diclofenaco? Entenda a ação do comprimido e da pomada no corpo
Publicado em 19 de Dezembro de 2025 ás 17h 15min
