Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Sábado, 27 de Abril de 2024

Noticias

Cacique Raoni pede a Lula que Ferrogrão não seja construída

28 de Março de 2024 as 05h 08min

Cacique junto com Lula e Macron – Foto: Divulgação

O cacique Raoni Metuktire, líder mato-grossense do povo kayapó e um dos representantes indígenas mais reconhecidos internacionalmente, pediu que a Ferrovia EF-170, a Ferrogrão, que liga Sinop a Miritituba/PA, não seja construída.

O pedido foi feito durante cerimônia de recebimento da homenagem dada pelo presidente francês, Emannuel Macron. Raoni foi condecorado com a ordem do cavaleiro da Legião de Honra da França e a solenidade, realizada em Belém, também contou com o presidente Lula.

O líder Kayapó aproveitou a oportunidade para se manifestar contrário à ferrovia que deve cortar a floresta Amazônica para ligar Sinop aos portos do Pará. “Presidente Lula, me escuta, eu subi com você na posse, na rampa [do Palácio do Planalto], e eu quero pedir que vocês não aprovem o projeto de construção da ferrovia de Sinop a Miritituba, mais conhecido como Ferrogrão”, afirmou.

“Sempre defendi que não pode ter desmatamento, não consigo aceitar garimpo. Então, presidente, quero pedir novamente que você trabalhe para que não haja mais desmatamento e também que você precisa demarcar as terras indígenas”, continuou o cacique.

Já o presidente Lula afirmou, em discurso, que o Brasil é um país em construção e que a luta pelo direito dos povos indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais ainda não foi resolvida.

O presidente criticou os setores contrários às demarcações de terras indígenas no país e afirmou que seus governos foram os que mais ampliaram a destinação de terras aos povos originários.

“É importante lembrar que os conservadores brasileiros, os latifundiários brasileiros, aqueles que são contra a participação do povo, costumam dizer que o povo indígena já tem muita terra no Brasil, que tem 14% do território nacional. Todos os dias eles falam isso. O que eles não percebem é que os indígenas têm 14% demarcada hoje, mas quando os portugueses chegaram aqui, em 1500, eles tinham 8,5 milhões de quilômetros quadrados, era tudo deles. Então, o fato de terem 14% legalizados é pouco diante do que eles precisam ter para viver, manter a sua cultura e o seu jeito de viver. Eu tenho certeza absoluta que o nosso governo é o que mais demarcou terra indígena e vai continuar demarcando terras indígenas e parques nacionais, para evitarmos o desmatamento”, disse Lula.

FAMATO CRITICA

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, criticou o pedido feito pelo PSOL e movimentos sociais para que seja ampliado o prazo de atualização dos estudos da ferrovia.

Este mês, a sigla entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que os estudos do empreendimento levem em conta um traçado alternativo para os trilhos e que o prazo de conclusão desses levantamentos, o qual se esgota em abril, seja prorrogado por mais seis meses.

“Eu fico surpreso de saber dessa decisão novamente para atrapalhar o nosso escoamento. Travar mais uma luta para conseguir fazer esses estudos e dar viabilidade na continuidade desse projeto da Ferrogrão. Infelizmente, é um partido tão pequeno fazendo essa negociação interna para dificultar o desenvolvimento do estado que é o maior produtor de grãos do Brasil. Traz até benefícios na questão ambiental”, lamentou Vilmondes.

Quem também criticou o pedido feito ao STF foi o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária na Câmara dos Deputados, Pedro Lupion (PP).

“Para Mato Grosso é um absurdo completo pedir para atrasar mais ainda a Ferrogrão. É um gargalo que precisa ser resolvido urgente. Não tem condições de ficar armazenando da forma como é hoje. Infelizmente, eles têm possibilidade de entrar com ações como essa. Estamos trabalhando para vencer essas barreiras”, comentou.

O grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Transportes para acompanhar os processos e os estudos relacionados à ferrovia decidiu adiar um seminário que estava marcado para a próxima semana em Santarém, no Pará. O encontro iria apresentar a viabilidade dos aspectos socioambientais do projeto e seria realizado nos dias 26 e 27 de março, no Sest/Senat de Santarém. A previsão é que seja nos dias 7 e 8 de maio.

Fonte: DA REPORTAGEM

Veja Mais

Cuiabá tenta vencer pela primeira vez na estreia em casa na Série A

Publicado em 27 de Abril de 2024 ás 10h 46min


Shopping Sinop comemora Dia Mundial da Dança com ações gratuitas

Publicado em 27 de Abril de 2024 ás 07h 43min


Convênio garante R$ 10,4 milhões para asfaltar a Estrada Selene

Publicado em 27 de Abril de 2024 ás 06h 45min


Jornal Online

Edição nº1283 27/04/2024