Noticias
Correios negociam empréstimo de R$ 20 bilhões para equilibrar contas
16 de Outubro de 2025 as 12h 39min
Sem dinheiro para nada – Foto: Divulgação
Os Correios anunciaram um amplo plano de reestruturação financeira e operacional, com o objetivo de garantir a sustentabilidade e a modernização da estatal. Entre as principais medidas está a negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, com garantia do Tesouro Nacional, para equilibrar as contas da empresa no biênio 2025-2026 e gerar lucro a partir de 2027.
De janeiro a junho deste ano, os Correios registraram prejuízo de R$ 4,36 bilhões, ante R$ 1,3 bilhão no mesmo período de 2024. Segundo o novo presidente da estatal, Emmanoel Rondon, há 21 dias no cargo, o déficit reflete a falta de adaptação à concorrência do comércio eletrônico. “A empresa não se adaptou de forma ágil à nova realidade, perdeu competitividade e, consequentemente, receitas”, afirmou.
Entre as medidas de ajuste, estão o corte de despesas operacionais e administrativas, a venda de imóveis ociosos e um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), que será aplicado de forma seletiva, conforme o mapeamento de áreas com ociosidade. A estatal também pretende renegociar contratos com fornecedores para reduzir custos, sem comprometer a segurança jurídica.
Além do enxugamento, o plano prevê diversificação de receitas com novos produtos e serviços, incluindo a retomada de parcerias com grandes clientes e o estudo de modelos internacionais de negócios, sobretudo ligados a serviços financeiros e de seguridade. “Empresas que geram lucro se adaptaram rápido e ampliaram o portfólio de ofertas. É isso que buscamos agora”, explicou Rondon.
O empréstimo de R$ 20 bilhões deve financiar as ações de reestruturação e permitir a recuperação gradual da liquidez. “Estamos negociando para reequilibrar a empresa em 2025 e 2026, e iniciar um ciclo de resultados positivos em 2027”, afirmou o presidente.
A nova fase sucede o pacote emergencial de maio, quando os Correios encerraram um PDV com adesão de 3,5 mil empregados e economia anual de cerca de R$ 750 milhões. Na ocasião, a estatal também reduziu jornadas administrativas e suspendeu férias de 2025. Rondon destacou que as medidas anteriores foram paliativas, enquanto as atuais têm caráter estrutural.
Questionado sobre uma possível privatização, Rondon negou que o tema esteja em pauta e afirmou que o foco é restabelecer a viabilidade financeira da empresa. “Queremos que as receitas sejam suficientes para cobrir as despesas mensais e que a empresa volte a ser autossustentável”, declarou.
Fonte: DA REPORTAGEM - Agência Brasil
Veja Mais
Setor produtivo critica cautela do BC e cobra início do corte de juros
Publicado em 22 de Dezembro de 2025 ás 13h 23min
Sinop: rede internacional de monitoramento com apoio a pesquisa sobre morcegos
Publicado em 22 de Dezembro de 2025 ás 11h 25min
Cyklo abre inscrições para startups ingressarem no programa de aceleração
Publicado em 22 de Dezembro de 2025 ás 09h 19min
