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Dois planetas entram em “movimento retrógrado” em julho
01 de Julho de 2025 as 11h 07min
Não é apenas Mercúrio que passa pelo fenômeno popularmente chamado de “movimento retrógrado” (embora seja o mais falado, já que é o planeta que fica retrógrado mais vezes por ter a órbita mais curta em torno do Sol). E no mês que se inicia esta semana, isso vai acontecer com dois outros mundos do Sistema Solar: Netuno e Saturno.
Quando se diz que um planeta entrou em movimento retrógrado, isso significa que ele está começando um processo pelo qual seu trânsito normal para o leste através do céu é interrompido, mudando a trajetória para oeste. Por sua vez, quando a direção habitual é retomada, costuma-se dizer que o planeta terminou o movimento retrógrado (ou saiu dele).
Para a astronomia, no entanto, a designação mais adequada, no caso dos planetas mais distantes do Sol que a Terra, é “laço” retrógrado – porque, durante o curso percorrido, o objeto em questão parece formar um laço no céu.
De acordo com o guia de orientação astronômica In-The-Sky.org, a inversão de direção de Netuno começa às 17h30 de sexta (4). Ele, então, retoma o sentido normal no dia 10 de dezembro.
Já o movimento retrógrado de Saturno, segundo a plataforma, se inicia à 0h01 do dia 13 (daqui a dois domingos), com o planeta dos anéis voltando ao trânsito regular em 28 de novembro.
Essa inversão de direção é um fenômeno pelo qual todos os planetas do Sistema Solar passam periodicamente. No caso daqueles cujas órbitas são mais externas que a da Terra (Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), isso se dá poucos meses depois de passarem pela oposição, que é quando eles estão do lado oposto do Sol em relação ao nosso planeta (que fica entre os dois corpos celestes).
O colunista Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), explica que o “movimento retrógrado” dos planetas é apenas ilusório e é causado pelo curso da Terra em torno do Sol.
Segundo Zurita, à medida que ela circunda o astro, nossa perspectiva muda, e isso faz com que as posições aparentes dos objetos celestes se alterem de um lado para o outro no céu, o que se sobrepõe ao movimento de longo prazo do planeta em direção ao leste através das constelações.
“Por estar em uma órbita mais interna e, consequentemente, mais rápida, a Terra ultrapassa Netuno a cada 13 meses, aproximadamente. No caso de Saturno, o período é de 12 meses e meio, mais ou menos. Quando isso acontece, os planetas parecem estar caminhando no sentido contrário no céu”, descreveu. Quanto mais longe do Sol, mais tempo um planeta fica retrógrado.
Talvez você tenha sido enganado esse tempo todo com a ideia de que a Terra e os demais planetas do Sistema Solar giram ao redor do Sol – mas, calma, isso não significa que as escolas estão ensinando errado.
Na verdade, essa é uma forma de tentar facilitar a compreensão. O Universo é um pouco mais complicado, e a física que rege esses movimentos é cheia de detalhes fascinantes.
Fonte: DA REPORTAGEM
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