Duplicação da BR-163 entre Sinop e Guarantã é cobrada como medida de urgência

05 de Julho de 2025 as 05h 09min

Em reunião no Tribunal de Contas da União, em Brasília, lideranças de Mato Grosso, incluindo o vice-prefeito de Sinop, Paulinho Abreu, defenderam a urgência da duplicação da BR-163 até Guarantã do Norte. A obra é considerada vital para reduzir mortes e garantir escoamento da produção.

Em tempos de tantas promessas e poucos resultados, a duplicação da BR-163 entre Sinop e Guarantã do Norte continua sendo um grito coletivo do Norte de Mato Grosso — um grito que, nesta semana, ecoou em Brasília. O vice-prefeito Paulinho Abreu esteve no Tribunal de Contas da União para participar do Painel de Referência que discute a repactuação do contrato com a concessionária Via Brasil. Ao lado de prefeitos, técnicos e parlamentares, reforçou o que todo morador da região já sabe: sem a duplicação, vidas continuarão sendo perdidas.

A BR-163 é mais do que um corredor logístico. É uma artéria vital por onde escoa boa parte da produção agrícola do estado rumo aos portos do Pará. Mas também é, tristemente, palco de tragédias recorrentes. Segundo dados levantados por autoridades locais, onde a duplicação foi concluída, a redução no número de mortes passa de 80%. Isso transforma a obra de infraestrutura em algo ainda mais urgente: uma medida de saúde pública e de dignidade.

Ao lado do deputado estadual Diego Guimarães, Paulinho Abreu apresentou não apenas os argumentos técnicos, mas também a experiência de quem vive a rodovia no dia a dia. O encontro representou uma rara convergência entre esferas municipais, estaduais e federais. Agora, a expectativa é de que, em até 90 dias, o TCU conclua a análise do processo e que o parecer seja favorável à continuidade das obras até a divisa com o Pará.

A duplicação da BR-163 é também um gesto de respeito com os trabalhadores que dependem da estrada, com os caminhoneiros que cruzam o país e com os produtores que sustentam o agronegócio. A morosidade na resolução do impasse contratual com a concessionária vem custando caro — não apenas em produtividade, mas em vidas.

O encontro no TCU pode ter sido apenas mais uma etapa burocrática. Mas também pode marcar o início de uma virada histórica. Se a política cumprir seu papel, o Norte de Mato Grosso deixará de ser sinônimo de abandono e começará a ser referência em articulação por soluções concretas.

Porque duplicar a BR-163 não é luxo, nem promessa de campanha: é uma necessidade urgente para salvar vidas e destravar o futuro de uma das regiões mais produtivas do país.

Fonte: DA REPORTAGEM