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Entenda como o Botafogo perdeu a força de time campeão em 4 meses
26 de Abril de 2025 as 07h 56min

Quatro jogos sem vencer, número de John Textor vazado e clima de insatisfação na torcida do Botafogo. Afinal, o que explica a má fase do Alvinegro, atual campeão do Campeonato Brasileiro e da Libertadores?
O técnico Renato Paiva conta com o respaldo do dono da SAF e de outros membros da diretoria. Tanto que, recentemente, o empresário disse que os jogadores "não estão executando". Mas é só isso? O DEMT lista abaixo as decisões que ajudaram a fazer o time perder a força após as conquistas de 2024, apenas quatro meses depois.
ANO SÓ COMEÇA EM ABRIL?
As expectativas eram altas para 2025, visto que o Botafogo havia conquistado o tricampeonato do Brasileiro e um título inédito da Libertadores. Mesmo sem Artur Jorge, a base do time titular se manteve: Luiz Henrique e Almada foram as únicas saídas dos 11 ideais.
Antes mesmo da estreia do time principal, em 29 de janeiro, John Textor mencionou que a temporada do Botafogo só começaria para valer em abril - uma crítica do americano à extensão do calendário do futebol brasileiro. O dono da SAF alvinegra repetiu o pensamento em outras ocasiões, sem se deixar tomar pela pressa ao ver adversários se movimentando no mercado.
Entretanto, as primeiras exibições do time principal começaram a criar um incômodo na torcida devido ao nível técnico e tático. No início de fevereiro, o Botafogo foi vice para o rival Flamengo na Supercopa Rei, ainda sob o comando de Carlos Leiria.
Uma semana depois, Leiria - que gozava de pouco prestígio com o elenco e tinha fama de "cabeça dura" - foi devolvido às categorias de base com a chegada de outro interino: Cláudio Caçapa, que fechou como auxiliar técnico permanente.
Após o vice da Recopa Sul-Americana, na mesma noite em que Renato Paiva foi contratado, Textor minimizou o terceiro título perdido na temporada e disse não ligar para "copas de marketing". Além dos vices na Recopa e na Supercopa, o Botafogo acabou fora das semifinais do Carioca e até mesmo da Taça Rio, vista como um torneio de consolação no estadual.
A ideia era tratar os primeiros torneios do ano como uma "pré-temporada", considerando que o grupo principal só se reapresentou no fim de janeiro, ao voltar de férias depois da disputa do Intercontinental.
Na prática, a ausência de uma direção definida não só causou insatisfação no elenco, que se sentiu desvalorizado, como deixou o Botafogo em desvantagem em relação aos adversários diretos pelos principais títulos - que já acumulavam ao menos dois meses completos de trabalho.
Não à toa houve críticas públicas ao planejamento do futebol após o primeiro jogo da Recopa Sul-Americana. Savarino e Barboza se queixaram da demora para contratar o substituto efetivo de Artur Jorge, e as declarações incomodaram Textor.
CONTRATAÇÃO DO TÉCNICO
Os últimos dias de 2024 trouxeram a notícia de que Artur Jorge não seguiria no comando do Botafogo para a atual temporada. O Botafogo não gostou da postura do português de debater o assunto em ao menos cinco entrevistas, sem definição do que faria na carreira. Mesmo assim, o desejo do clube era pela manutenção do vínculo.
Fato é que a saída de Artur Jorge foi oficializada em 3 de janeiro. A partir daí, começou um longo processo em busca do novo comandante técnico - que só teve fim no dia 27 de fevereiro, 55 dias depois.
A busca superou o período de transição entre Tiago Nunes e Artur Jorge, em 2024. O Alvinegro chegou a encaminhar um acordo com Vasco Matos, do Santa Clara (Portugal), mas uma discussão sobre licenças de trabalho nos bastidores marcou o fim das negociações.
Nesse período, o time perdeu características como transições rápidas e trocas de passes e viu o estilo de jogo que marcou a temporada 2024 se esvair. Com tantos comandantes diferentes, o time não absorveu conceitos táticos que serviriam de base para qualquer que fosse o treinador contratado.
De quebra, escolhas pela utilização de titulares em jogos de menor importância também geraram consequências. O maior exemplo é Bastos: o zagueiro atuou por três minutos em Nova Iguaçu x Botafogo, sofreu um trauma no joelho esquerdo e está longe dos gramados desde 6 de fevereiro. O angolano só tem retorno previsto para a Copa do Mundo de Clubes, em junho.
Por fim, o Botafogo chegou a um acerto com Renato Paiva após uma reunião entre Textor e o português em um hotel do Rio de Janeiro, horas antes do vice para o Racing na Recopa Sul-Americana. Em sua entrevista de apresentação, o técnico português exaltou o orgulho por trás do acerto: "Houve muitos nomes, falou-se com muita gente, e o escolhido fui eu".
Fonte: DA REPORTAGEM
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