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Escola onde aluna foi torturada mudará para modelo cívico-militar
08 de Agosto de 2025 as 10h 41min

A Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, onde uma estudante de 12 anos foi agredida e torturada por colegas, será transformada em uma unidade cívico-militar. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Educação, Alan Resende Porto, durante coletiva de imprensa realizada na quarta (6).
Segundo ele, o processo de recrutamento dos militares que irão atuar na escola já está em andamento. A decisão foi tomada após a polícia descobrir que as agressoras, com idades entre 11 e 14 anos, mantinham um grupo na escola "inspirado em facções criminosas", segundo o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pelo caso.
O modelo cívico-militar foi implementado em algumas escolas do estado com o objetivo de reduzir a evasão escolar, evitar a violência e melhorar o desempenho dos alunos. A gestão pedagógica continua com os professores da rede estadual, mas a gestão administrativa e a disciplina passam a ser de militares da reserva. Ainda nesta quarta, a Justiça determinou a internação provisória das adolescentes, em uma unidade do sistema socioeducativo na capital.
De acordo com a Polícia Civil, embora quatro estudantes estejam diretamente envolvidas no caso, apenas três foram apreendidas. Isso porque uma das envolvidas tinha 11 anos na data da agressão, idade que, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), impede a aplicação da medida socioeducativa de internação.
INVESTIGAÇÃO
Durante os depoimentos, as suspeitas confessaram ter agredido outras quatro colegas em situações semelhantes. Os celulares das adolescentes foram apreendidos e os vídeos das agressões foram localizados pela polícia.
A investigação também revelou que algumas das alunas envolvidas têm histórico familiar ligado a facções criminosas, o que pode ter influenciado a criação do grupo dentro da escola. Uma das adolescentes já havia sido conduzida à delegacia por estar em companhia de membros de uma facção, um deles portando drogas. A Polícia Civil informou que irá recomendar ao Ministério Público a internação das adolescentes envolvidas.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) informou que está investigando o caso e que equipes da gestão da escola e da Diretoria Regional de Educação foram mobilizadas para prestar apoio psicológico à vítima, aos envolvidos e às famílias dos estudantes. O estado de saúde da vítima não foi divulgado.
A pasta também destacou que pretende aplicar "punições exemplares dentro do que permite a legislação", mas não especificou quais medidas foram tomadas contra as alunas envolvidas.
A agressão foi registrada em vídeo pelas adolescentes e divulgada nas redes sociais, segunda-feira (4). As imagens mostram uma das alunas ajoelhada, sendo encurralada e agredida por outras meninas. Além de tapas, socos, chutes e puxões de cabelo, as estudantes usaram um cabo de uma vassoura para bater na vítima.
Fonte: DA REPORTAGEM
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