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Este é um ano para ficar de stand by e não fazer muitos investimentos
10 de Setembro de 2024 as 08h 28min

O plantio da soja 2024/25 em Mato Grosso está liberado desde sábado (7). A temporada, na avaliação do setor produtivo e especialistas, assim como as suas antecessoras, segue desafiadora diante dos altos custos de produção, baixa remuneração e incertezas climáticas.
A semeadura da oleaginosa neste ciclo inicia uma semana mais cedo, diante da alteração do calendário realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em Mato Grosso o plantio nesta temporada deverá ocorrer entre os dias 7 de setembro de 2024 e 7 de janeiro de 2025.
As projeções para a safra 2024/25, segundo o último relatório do Imea, seguem em uma área de 12,6 milhões de hectares, um leve incremento de 1,47% em relação à safra 2023/24, com produtividade média esperada em 57,97 sacas por hectare e uma produção final de 44,041 milhões de toneladas.
Apesar do aumento da janela de plantio, a cautela no que tange ao clima é necessária, uma vez que ainda não choveu em Mato Grosso e as previsões climáticas para os próximos meses apontam chuvas mais tardias e com baixos volumes de precipitações neste início.
“Até o momento, Mato Grosso não registrou chuvas significativas que garantam uma semeadura ideal. As previsões do Aproclima indicam que não há expectativa de chuvas expressivas para a próxima semana nem para os próximos 15 dias. No entanto, há a possibilidade de ocorrência de chuvas isoladas”, alerta a responsável pela Gerência de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Jerusa Rech.
Presente no 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), nesta semana em Fortaleza (CE), Blairo Maggi, em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, lembrou que “a vida do produtor é feita de coisas que ele controla e coisas que ele não controla” e o clima é uma das coisas que não se consegue controlar.
“Então, é importante, e eu acredito, que todos que vão entrar nesse plantio agora em setembro e outubro estejam com as suas projeções bem feitas, com os pedidos de insumos feitos, porque no dia que chover você tem que entrar com o plantio. A janela não é muito grande e ela não espera”, disse o produtor em Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura.
Assim como os demais produtores do estado, Gilson Pinesso também avalia a safra 2024/25 como mais uma desafiadora para o setor e um momento a se ficar em “stand by”, ou seja, de não se fazer muitos investimentos.
“Nós viemos de anos muito bons para a agricultura e é normal que a gente encare um ciclo de baixa. Eu acho que nós temos que ter a consciência de que nós temos que cuidar bem dos custos, buscar mais produtividade”.
Também presente no Congresso do Algodão, Gilson Pinesso disse à reportagem que acredita que “este ano é um ano para ficar de stand by, tranquilo, não fazer muitos investimentos e esperar o momento de recuperação dos preços”.
Conforme ele, se as perspectivas de safra cheia nos Estados Unidos se concretizarem e a Argentina e o Brasil colherem bem, “nós vamos ter preços deprimentes. É a lei da oferta e da procura”. Apesar disso, o produtor mato-grossense pontua estar otimista, pois “nós vamos sobreviver. Isso é normal, nós vamos passar”.
A cautela também é endossada por Blairo Maggi. “A vida do agricultor é assim. A gente vive um momento de preços reprimidos. Existe uma oferta muito grande. Estive nos Estados Unidos há menos de um mês e fiquei impressionado com as lavouras. Precisamos nos ajustar, esperar um pouco a redução dos custos, que ainda estão bastante elevados”.
Fonte: DA REPORTAGEM - Canal Rural
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