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Leila detona a WTorre após ação de R$ 28 milhões movida pelo Palmeiras
16 de Junho de 2023 as 07h 03min

Segundo Leila Pereira, o Allianz Parque não pode ser visto como um "case de sucesso" para o Palmeiras do ponto de vista financeiro.
O motivo: a ação movida contra a Real Arenas, braço da WTorre responsável pela arena, em que o clube cobra quase R$ 128 milhões em receitas que não recebeu.
“A Real Arenas não paga ao Palmeiras há oito anos. Desde o fim de 2014, pagaram apenas sete meses do que o clube tem direito, de percentuais de receitas, como aluguel para shows, naming rights, restaurantes, cadeiras, camarotes. Quando falam que o Allianz é um case de muito sucesso, não é um case de sucesso. Seria, se pagassem o que devem”, detonou a dirigente.
“É mentirosa a alegação de que é um sucesso. É para eles, que ganham 100% das receitas, às custas de uma propriedade do Palmeiras. Até hoje, para o Palmeiras, foi um péssimo negócio financeiramente. Esportivamente somos muito fortes, jogamos em um bonito estádio, mas financeiramente, para o Palmeiras, não é um bom negócio”, acrescentou.
O contrato firmado entre Palmeiras e WTorre prevê que o clube tem direito mensalmente a percentuais de receitas do Allianz Parque como locação para shows, exploração de áreas como lanchonetes e estacionamentos, além de locações de cadeiras, camarotes e naming rights. O valor aumenta ao longo dos 30 anos de parceria.
Só que o Verdão não recebe esta fatia desde 2015. O clube argumenta que a dívida é incontroversa, pois a WTorre apresenta relatórios mensais, como previsto no acordo, detalhando as receitas que o Palmeiras teria direito a um percentual.
Leila admite que a relação entre os parceiros tem piorado por conta disso. Mas isto não a fará desistir da cobrança, tanto que a polícia abriu um inquérito para apurar possíveis crimes cometidos pela Real Arenas, após solicitação do Palmeiras.
“É um contrato longo, a relação está pior porque a Real Arenas não paga o Palmeiras, não cumpre o que está previsto no contrato. É só isso. Não é que não tenha bom relacionamento com eles, é um relacionamento de credor e devedor, como temos milhares no país. Eles precisam cumprir o contrato. Não é um case de sucesso. Eles não cumprem o determinado no contrato.
No fim da gestão de Maurício Galiotte, o ex-presidente chegou a avançar com um acordo para resolver todas as pendências entre Palmeiras e WTorre. Além desta ação, os parceiros discutem interpretações divergentes sobre o contrato na arbitragem e tentavam criar um setor popular no Gol Norte, que não deve ocorrer mais diante do impasse.
“É maravilhoso para eles. Recebem 100% da receita, não repassam nada ao Palmeiras, acredito que hoje o Palmeiras está sustentando a Real Arenas. Por isso foi aberto o inquérito, nossos advogados entenderam que pode estar acontecendo o crime de apropriação indébita. O Palmeiras está sendo extremamente prejudicado, é importante o torcedor saber”, completou.
A presidente alviverde diz temer retaliação da WTorre por conta da ação movida para receber os R$ 128 milhões, com possíveis marcações de eventos que tirem o Verdão do Allianz Parque na reta final da temporada.
“A execução que o Palmeiras está movendo é de um valor incontroverso, que eles mesmo dizem que é devido. Isto está tramitando na Justiça Comum, há outros assuntos na Câmara de Arbitragem que correm com confidencialidade e me causa estranheza, pois eles estão abordando estes temas. A dívida de R$ 128 milhões é pública, e tenho muito receio de que tenha algum tipo de retaliação vá prejudicar o Palmeiras. Mas havendo, eu vou tornar isto público”.
Em meio a todo este confronto, há ainda outro ponto de divergência entre clube e construtora: a implementação do acesso com biometria facial nas cadeiras vendidas pela Real Arenas, o Passaporte Allianz Parque.
A construtora pedia mais tempo para fazer a mudança, mas o Palmeiras já avisou que seria necessário o cadastro nos últimos dois jogos. Houve aglomeração na entrada da arena principalmente no jogo contra o Coritiba.
“Estamos nesse processo de implementação do reconhecimento facial desde dezembro de 2022 e fizemos para combater o cambismo. Esta foi a única forma. O reconhecimento facial é um sucesso e estamos paulatinamente fazendo em cada portão”, afirmou Leila.
OUTRO LADO
Em comunicado, a Real Arenas respondeu que o acordo citado por Leila Pereira foi "injustificadamente" deixado de lado pela presidente do Palmeiras.
“A WTorre esteve em negociações com o Palmeiras por dois anos e acreditava que tudo seria resolvido em um acordo benéfico para todas as partes, inclusive para o torcedor. Havia um acordo feito e, injustificadamente, a presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras (SEP), Leila Pereira, desistiu e não tivemos nenhuma devolutiva sobre o motivo do rompimento das negociações”, alegou.
“Do nosso lado permanece a vontade de diálogo, de reunir, entender os problemas dos dois lados e buscar um acordo que retome o clima de parceria e construção, que sempre marcou a nossa gestão do Allianz Parque. Estamos disponíveis ao diálogo com a direção da SEP, pois nosso objetivo é seguir trabalhando e oferecer o melhor para os torcedores, associados e clientes que frequentam o Allianz Parque”.
Fonte: DA REPORTAGEM
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