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Mato Grosso conquista status livre da aftosa sem vacina
31 de Maio de 2025 as 05h 44min

Mato Grosso recebeu na quinta (29), em Paris, o certificado internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. A chancela foi concedida durante a 92ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e representa o mais alto status sanitário possível na cadeia de bovinos, bubalinos e suínos.
A certificação marca uma virada na trajetória da pecuária mato-grossense, reconhecendo o avanço técnico, sanitário e político das últimas quatro décadas. O estado tem o maior rebanho bovino do Brasil, com cerca de 33 milhões de cabeças.
A comitiva que participou da cerimônia foi liderada pelo vice-governador Otaviano Pivetta e composta por representantes do setor produtivo, técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e membros do governo estadual. “Agora é oficial, Mato Grosso livre de aftosa sem vacinação. Esse é o resultado de anos de dedicação conjunta entre a iniciativa privada e o poder público”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, presente ao evento.
O reconhecimento coloca Mato Grosso em uma posição estratégica no comércio global de carnes, especialmente com países da Ásia, onde estão os principais destinos das exportações do setor.
Em 2023, as vendas externas de carne bovina do estado somaram US$ 2,1 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Agricultura. Com a nova certificação, a expectativa é ampliar o acesso a mercados que exigem padrões sanitários mais rigorosos. “Estamos preparados para ajudar a alimentar o mundo com segurança e qualidade. É uma certificação histórica. Mas o desafio agora é manter esse status com vigilância constante”, disse o vice-governador Pivetta, ao lembrar que a febre aftosa já foi um temor permanente no campo.
Segundo ele, o certificado coroa um esforço que mobilizou estados, produtores, técnicos e autoridades federais. “É uma virada de chave para o Brasil. Mostra que temos capacidade de alcançar o mais alto nível de sanidade animal”, completou.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, destacou o papel dos pecuaristas na conquista. “Fizemos a nossa parte. Essa vitória é de todos os produtores que cuidaram de seus rebanhos e cumpriram as regras”, declarou.
A OMSA reforçou que o status sanitário reconhecido nesta semana resulta de um processo iniciado ainda nos anos 1970. O último foco de aftosa em Mato Grosso foi registrado em 1996. Desde então, o estado avançou com campanhas de vacinação, estruturação de vigilância e fortalecimento institucional.
Autoridades e representantes do setor produtivo agora voltam as atenções para o desafio de manter o novo patamar. O status de zona livre sem vacinação é considerado frágil diante de eventuais surtos. “Os técnicos já estão preparados para nos orientar sobre os cuidados necessários. Esse é um novo momento para Mato Grosso, que precisa ser sustentado com disciplina e ciência”, disse Tomain.
Fonte: DA REPORTAGEM
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