MDB e Republicanos negociam formar uma federação nacional

19 de Maio de 2025 as 12h 00min

As direções nacionais do MDB e do Republicanos deram início às negociações para formação de uma federação partidária. A movimentação, que ocorre em Brasília, foi confirmada na quarta-feira (14) pelo primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Dr. João (MDB), que considera a união “promissora” para ambas as siglas.

Segundo o parlamentar, o entendimento entre os dirigentes nacionais avança com apoio de lideranças estaduais. “Estão conversando em Brasília e, se acontecer, acho legal. Vai se tornar uma federação bem grandinha. Sem dúvida nenhuma, fortalece todo mundo”, avaliou Dr. João, ao comentar os primeiros passos das articulações.

A revista Veja revelou que o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, se reuniram na última semana para definir uma agenda de construção da federação. A partir de agora, os dois partidos devem ouvir suas respectivas bases e alinhar estratégias em nível nacional e estadual.

Dr. João afirmou que irá a Brasília na próxima semana para acompanhar de perto o andamento das conversas. Segundo ele, a articulação é vista com bons olhos por lideranças regionais, especialmente em estados como Mato Grosso, onde as duas legendas têm representação expressiva.

No Estado, MDB e Republicanos somam juntos seis deputados estaduais – quatro emedebistas e dois republicanos –, além de dois deputados federais, ambos do MDB. A federação também envolveria o vice-governador Otaviano Pivetta (MDB), figura central na composição política local.

As duas siglas já projetam protagonismo nas eleições majoritárias de 2026 em Mato Grosso. Pivetta tem manifestado interesse em disputar o governo estadual, hoje comandado por Mauro Mendes (União), enquanto a deputada estadual Janaína Riva (MDB) articula sua pré-candidatura ao Senado Federal.

Caso a federação se concretize, a aliança entre MDB e Republicanos poderá significar uma força relevante na disputa por cargos majoritários e na composição de chapas proporcionais. A federação partidária, diferentemente das coligações, exige atuação conjunta por no mínimo quatro anos, incluindo o alinhamento nas votações legislativas e estratégias eleitorais.

Além da disputa pelo Executivo e pelo Senado, a união pode alterar o cenário nas Assembleias Legislativas e na Câmara dos Deputados.

Fonte: DA REPORTAGEM