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O que aconteceu com o planeta que a Terra “engoliu”?
04 de Maio de 2025 as 08h 01min

Imagine um planeta do tamanho de Marte vagando pelo jovem Sistema Solar, um gigante rochoso chamado Theia. Agora, visualize a sua colisão com a Proto-Terra (o planeta Terra em seu estágio inicial), num evento cataclísmico que redesenhou nosso planeta e, de quebra, nos presenteou com a Lua! Essa é a mais recente e intrigante teoria sobre a formação do nosso satélite natural, e as evidências apontam para um passado muito mais violento do que se imaginava.
Há cerca de 4,5 bilhões de anos, o cenário cósmico era bem diferente. A Terra recém-formada não tinha sua fiel companheira lunar. A Lua, segundo a hipótese mais aceita atualmente, nasceu de um impacto colossal entre a jovem Terra e Theia.
Inicialmente, cientistas acreditavam em um choque de raspão, onde fragmentos de ambos os corpos se uniram para formar a Lua. No entanto, estudos recentes com supercomputadores sugerem algo muito mais dramático: uma colisão de frente.
Nesse cenário apocalíptico, Theia teria se fundido completamente com a Terra em questão de horas, lançando uma quantidade imensa de material incandescente ao espaço. Esse material, então, teria se aglutinado, dando origem a dois corpos celestes: um grande, que logo realinhou-se com a Terra, e um menor, impulsionado para longe, que se tornaria a Lua que conhecemos.
A principal evidência que sustenta essa teoria é a análise da composição química de rochas terrestres e lunares. Cientistas descobriram que os níveis de isótopos de oxigênio são praticamente idênticos em ambas as amostras.
Essa similaridade impressionante sugere uma mistura profunda e vigorosa de material, algo que só uma colisão frontal poderia ter causado. “Se encontrássemos uma diferença nos isótopos de oxigênio entre a Lua e a Terra, isso implicaria que o impacto que formou a Lua foi um golpe superficial”, explica o professor e pesquisador Ed Young, ao portal IFL Science.
Outros indícios reforçam essa narrativa cósmica impactante. O alinhamento quase perfeito da órbita lunar com a órbita terrestre ao redor do Sol, a possibilidade de eclipses, o alto momento angular do sistema Terra-Lua e a menor densidade do nosso satélite natural são características que encontram explicações plausíveis no cenário de uma colisão massiva.
Além da Lua, a colisão cósmica com Theia nos deixou outro fenômeno fundamental para a vida como a conhecemos: as estações do ano. A inclinação do eixo de rotação da Terra, atualmente em 23,4 graus, é amplamente atribuída ao impacto devastador com o planeta vizinho. Essa inclinação faz com que diferentes hemisférios recebam mais luz solar em diferentes épocas do ano, criando o ciclo das estações.
A resposta pode estar escondida nas profundezas do nosso planeta. Cientistas suspeitam que grandes estruturas anômalas, conhecidas como Grandes Províncias de Baixa Velocidade (LLVPs), localizadas no manto terrestre abaixo das placas tectônicas africana e do Pacífico, podem ser remanescentes de Theia.
Essas formações densas teriam afundado no manto ao longo de bilhões de anos, reforçando a ideia de que não faziam parte da composição original da Terra. Simulações computacionais apoiam essa hipótese, demonstrando que fragmentos de Theia poderiam ter penetrado o manto superior e, eventualmente, se deslocado para a fronteira entre o manto e o núcleo.
Se essa teoria se confirmar, os restos de Theia também podem ter desempenhado um papel crucial na formação das placas tectônicas.
Fonte: DA REPORTAGEM
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