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PIB desacelera no 3º trimestre, mas agro puxa crescimento
15 de Dezembro de 2025 as 09h 13min
Setor agro surpreende com alta de 10,1% - Foto: Divulgação
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, segundo análise do RaboResearch. O resultado, alinhado às projeções do banco, marca a terceira alta consecutiva, mas reforça a desaceleração generalizada da atividade econômica, ainda influenciada pelos efeitos defasados da política monetária mais restritiva.
Na comparação anual, o PIB avançou 1,8% frente ao mesmo período de 2024, mantendo a sequência de dezenove resultados positivos e alcançando o maior patamar da série histórica iniciada em 1996 — um nível 13,2% acima do observado no período pré-pandemia, no fim de 2019.
O grande destaque do trimestre foi novamente a agropecuária, que cresceu 10,1% na comparação anual e respondeu por 0,5 ponto percentual da expansão total. O desempenho foi impulsionado por aumentos expressivos na produção de milho (+23%), laranja (+13,5%), algodão (+10,6%) e trigo (+4,5%), refletindo ganhos de produtividade em diversas cadeias.
A indústria também apresentou resultado positivo, com alta de 1,7%, puxada principalmente pelo setor extrativo mineral, que avançou 11,9% graças à maior produção de petróleo. No setor de serviços, o crescimento foi de 1,3%, com destaques para as áreas de informação (+5,3%), transporte (+4,2%) e atividades imobiliárias (+2,0%).
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,4%, sustentado por programas de transferência de renda, expansão do crédito e pagamento de precatórios pelo governo. Esses fatores ajudaram a compensar os efeitos negativos dos juros elevados, do endividamento ainda elevado das famílias e da inflação persistente. Os investimentos (formação bruta de capital fixo) aumentaram 2,3%, impulsionados pela importação de bens de capital, enquanto as exportações líquidas adicionaram 0,8 ponto percentual ao PIB, favorecidas pelo bom desempenho de commodities minerais, veículos, celulose e produtos agrícolas.
Diante das revisões positivas, o Rabobank elevou sua projeção de crescimento para 2025 de 2,0% para 2,2%, mantendo para 2026 a estimativa de 1,6%. O banco, no entanto, alerta para uma provável perda de ritmo no quarto trimestre, em meio ao crédito mais caro, inadimplência em alta e impactos das tarifas norte-americanas sobre exportações brasileiras.
A economia global mais incerta também pode influenciar o desempenho do país. Por outro lado, o mercado de trabalho ainda aquecido, o pagamento de R$ 70 bilhões em precatórios no segundo semestre e as ações previstas no Plano Brasil Soberano podem limitar a desaceleração e sustentar parte da atividade ao longo dos próximos meses.
Fonte: DA REPORTAGEM
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