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Sequenciamento de DNA de mamute no México muda visão sobre evolução
12 de Setembro de 2025 as 16h 58min

Pesquisadores no México alcançaram um feito inédito na ciência: pela primeira vez em latitudes tropicais, foi possível sequenciar DNA de mamutes. O mamute-colombiano (Mammuthus columbi), uma das maiores espécies e único mamute endêmico da América do Norte e Central, foi escolhido para ter seu genoma decodificado, segundo informações do portal LiveScience.
Eles mediam até 4 metros de altura e viviam lado a lado com os mamutes-lanosos (Mammuthus primigenius), chegando até a cruzar com eles. Seus fósseis já foram encontrados no Canadá, nos Estados Unidos, no México e até na América Central, mas pouco se sabia sobre como a espécie havia evoluído no continente.
Porém, em 2019, durante as obras do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, em Santa Lucía, no México. As escavações revelaram mais de 100 fósseis de mamutes-colombianos, material suficiente para que uma equipe liderada por Federico Sánchez-Quinto, paleogenomicista da UNAM (Universidade Nacional Autônoma do México), decidisse tentar extrair DNA.
A extração do material genético era considerada quase impossível em regiões quentes. Isso acontecia porque o material genético se degrada rapidamente com a temperatura elevada.
A equipe conseguiu sequenciar 61 genomas mitocondriais a partir de 83 molares, datados entre 11 mil e 16 mil anos. Os resultados, publicados na revista Science, trouxeram surpresas: os mamutes do México eram geneticamente diferentes dos encontrados no Canadá e nos Estados Unidos.
Isso significa que, embora fossem a mesma espécie, os mamutes mexicanos tinham uma composição genética única, possivelmente porque seus ancestrais se isolaram após migrar para o sul. Essa descoberta indica que a evolução do mamute-colombiano foi muito mais complexa do que os cientistas imaginavam.
E o fenômeno não parece ter se limitado a eles. Outras espécies do Pleistoceno encontradas no México (como ursos-negros e mastodontes) também apresentam linhagens genéticas distintas de seus parentes do norte. Três espécies diferentes com padrões semelhantes sugerem que algo extraordinário ocorreu durante a migração rumo ao sul.
Agora, os pesquisadores querem ampliar a coleta de amostras em diferentes regiões para tentar responder à nova questão levantada pelo estudo: por que tantas espécies que chegaram ao México desenvolveram linhagens únicas?
Fonte: DA REPORTAGEM
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