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Sexta Feira, 30 de Maio de 2025

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Tráfico de formigas revela nova face do comércio ilegal de animais

29 de Maio de 2025 as 12h 49min

O tráfico de animais não é um problema novo, em muitas regiões do mundo ele é mais comum do que você pode imaginar. Por mais inacreditável que pareça, nem os insetos estão escapando da crueldade humana.

Recentemente quatro homens do Quênia foram presos na tentativa de contrabandear mais de 5 mil formigas para fora do país. Esses insetos foram colocados em recipientes especiais e seriam enviados como mercadoria em uma espécie de mercado de animais silvestres.

A demanda por exemplares exóticos é muito grande no mundo todo, por conta disso, todos os animais, da formiga ao elefante, estão em risco. “O tráfico de animais silvestres costuma ser mais associado espécies carismáticas e a produtos feitos a partir delas, como marfins e chifres de rinoceronte”, disseram Elliot Doornbos, professor de criminologia na universidade de Nottingham Trent e Angus Nurse, professor de direito ambiental na Anglia Ruskin University em artigo publicado no portal The Conversation.

A maioria dos esforços de proteção e conservação da fauna está focada nesse grupo. Isso abre espaço para novas práticas de contrabando. Como o desejo por animais raros não diminui, o foco da oferta se modificou e agora os insetos possuem mais um alvo em suas costas.

“Uma grande variedade de insetos foi apreendida ao longo dos anos, incluindo besouros rinocerontes no Japão, ovos de louva-a-deus nos EUA e borboletas do Sri Lanka”, disseram os especialistas. O filo dos artrópodes é constantemente ameaçado pela ação humana. “Isso é causado por uma série de ameaças, como poluição, pesticidas, mudanças climáticas e urbanização”, afirmaram os professores.

Apesar de não ser o principal causador no declínio da população de insetos, o tráfico pode ser um fator agravante bastante perigoso. Especialmente para espécies mais raras, ou seja, com menos indivíduos, o contrabando pode ser determinante para sua extinção.

Produzida pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a Lista Vermelha identifica as espécies sob maior risco de extinção. Quando uma espécie é classificada como em perigo ou criticamente ameaçada, ela não pode, sob nenhuma hipótese, ser capturada, morta ou perturbada.

Um exemplo disso são as formigas da espécie Linepithema anathema, que atualmente está listada como uma espécie em perigo de extinção. Além disso, alguns países como o Reino-Unido classificam como crime o ato de destruir ou perturbar o ninho destas criaturas.

Grupos do crime organizado, inclusive redes menores e parcialmente desestruturadas, têm diversificado suas atividades, migrando do tráfico de drogas e armas para o comércio ilegal de plantas, compostos medicinais e animais, incluindo insetos. A motivação é financeira, e a clandestinidade desse mercado faz com que muitos casos não sejam relatados, o que dificulta a conscientização pública e a atuação das autoridades.

O combate ao contrabando de insetos enfrenta desafios como a escassez de recursos das agências de fiscalização e a baixa prioridade dada aos crimes ambientais. Insetos são facilmente ocultados — como no caso de 37 besouros rinocerontes escondidos em pacotes de doces no aeroporto de Los Angeles —, e mesmo após apreensões, é difícil identificar se pertencem a espécies protegidas, devido à complexidade das normas internacionais de proteção.

Outro grande problema é a introdução desses animais em ecossistemas diferentes do seu habitat natural. Quando realocados, esses exemplares se tornam espécies invasoras, competindo com os nativos do local, causando desequilíbrio no ambiente.

Fonte: DA REPORTAGEM

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