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Usina nuclear russa pega fogo após ataque de drones da Ucrânia
28 de Agosto de 2025 as 09h 23min

A Usina Nuclear de Kursk, no oeste da Rússia, pegou fogo após a queda de um drone ucraniano domingo (24). Ele fazia parte de uma série de ataques lançados pela Ucrânia contra alvos em território russo.
A administração da usina informou à Associated Press que as chamas foram controladas, sem vítimas ou aumento nos níveis de radiação. A ofensiva coincidiu com o Dia da Independência da Ucrânia.
Além disso, o ataque reforçou a frustração do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diante do impasse nas negociações de paz com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Na madrugada de domingo, a Ucrânia também foi alvo: um míssil balístico e 72 drones kamikaze iranianos Shahed foram lançados pela Rússia. Segundo a força aérea ucraniana, 48 desses drones foram derrubados.
Já Moscou relatou a derrubada de drones em regiões distantes da linha de frente, como São Petersburgo. No porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia, dez drones foram abatidos, mas um atingiu um terminal de combustíveis da Novatek e provocou um incêndio, de acordo com o governador regional Aleksandr Drozdenko.
A guerra já dura três anos e meio e deixou dezenas de milhares de mortos. O conflito segue praticamente estagnado, embora Moscou tenha obtido ganhos pontuais, como a conquista de duas vilas na região de Donetsk. Como resposta, Kiev intensificou os ataques com drones em território russo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) tem alertado para os riscos de combates próximos a usinas nucleares desde o início da invasão em larga escala, em fevereiro de 2022. O episódio em Kursk reacendeu a preocupação.
Com um exército menor e menos equipado, a Ucrânia tem feito dos drones uma de suas principais armas, sobretudo contra a infraestrutura de petróleo — considerada vital para reduzir a receita de guerra da Rússia. Desde o início desses ataques, os preços de combustíveis no país dispararam.
Os ataques ocorreram no mesmo dia em que a Ucrânia celebrava a independência, conquistada em 1991 com a dissolução da União Soviética. “É assim que a Ucrânia reage quando seus apelos por paz são ignorados”, disse Zelensky em discurso. O presidente afirmou que “a Ucrânia ainda não venceu, mas certamente não perderá” e reforçou que o país “não é vítima; é um lutador”.
O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, participou das comemorações em Kiev e defendeu “uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”. Zelensky agradeceu também pelas mensagens de líderes como o presidente dos EUA, Donald Trump; o presidente da China, Xi Jinping; o rei Charles, do Reino Unido; e do papa Leão XIV.
Nos últimos dias, houve intensa movimentação diplomática, incluindo a tentativa de Trump de intermediar uma reunião entre Putin e Zelensky. Moscou, no entanto, descartou qualquer encontro imediato.
Na sexta (22), o chanceler russo Sergei Lavrov confirmou que não há reunião prevista entre os dois presidentes. Para Zelensky, Moscou busca apenas ganhar tempo e prolongar a guerra. Atualmente, a Rússia controla cerca de um quinto do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014. A guerra já forçou milhões a deixarem suas casas e devastou cidades no leste e no sul do país.
Fonte: DA REPORTAGEM
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